terça-feira, maio 30, 2006

Passou

Aki tá ele de novo, mas já chorei, por causa disto, ufa k alivio, de novo feliz :):)

Durante horas perdi

N sei o k se passa perdi o meu blog :(:(:(

Padre Nunes Pereira


Do Padre Nunes Pereira guardo belíssimas recordações, entre muitas delas foi com ele que fiz a minha 1ª Comunhão na Igreja de S. Bartolomeu, e ainda hoje guardo uma caricatura que ele me fez ainda na minha infância, mais precisamente num dos muitos passeios que fizemos até ao Bussaco.

Monsenhor Nunes Pereira nasceu a 3 de Dezembro de 1906, na pequena povoação da Mata (freguesia de Fajão), e faleceu a 1 de Junho de 2001, tinha 94 anos e mais de quarenta vividos na cidade universitária onde deixou a sua última obra: um vitral no altar-mor da Igreja de S. José (Coimbra). D. Albino Cleto sublinhou as qualidades sacerdotais e artísticas de Monsenhor Nunes Pereira ao afirmar que “nós, os padres de Coimbra, perdemos uma jóia”, eu diria mais, nós, povoação de Coimbra perdemos um ser humano inigualável, um artista.

Com um olhar penetrante e uma postura cativante, Monsenhor Nunes Pereira trazia sempre consigo um papel e uma esferográfica. “Fazer retratos às escondidas, para em seguida os oferecer aos amigos, era o que lhe dava mais prazer”, disse Frei Eliseu Moroni. Na década de cinquenta e após várias viagens, Monsenhor Nunes Pereira dedicou-se à aguarela. Desenhava com uma rapidez fulminante, esculpia e pintava de igual modo e, dados os seus conhecimentos na área da madeira, aprendeu numa simples tarde, a técnica da gravura em metal, com José Contente. Por isso dizia: “Na base de todos os meus trabalhos está, sem dúvida, o desenho. Desenho em casa, na rua, nos cafés, nas reuniões, nos almoços. O meu desenho, salvo o que faço no gabinete, é um desenho de viagem, aproveitando ocasiões e às vezes escassos minutos”. Dominava igualmente a técnica do vitral.

O saber estar e o homem bom fizeram deste sacerdote, jornalista, escritor, artista, poeta, professor e humanista. Para tornar viva a sua memória foi inaugurado, a 13 de Setembro de 1997, em Fajão um museu ao qual lhe puseram o nome de “Monsenhor Nunes Pereira”, guarda as raízes dos habitantes da terra – utensílios, artefactos, literatura, contos, tradições, maneiras de criar e dizer poesia, de cantar e rezar, formas de vestir, de trabalhar, de agradecer a Deus e aos santos, de amar os animais e as aves, de dizer a lenga-lenga e chamar o gado – e está enriquecido com uma parte significativa do espólio artístico criado pelo homenageado. Nesta casa de xisto (um dos materiais utilizados para as suas obras de arte) o visitante encontra retalhos da vida e riquezas de ontem para apreciar hoje.


(Para fazer esta singela homenagem, consultei o site http://www.agencia.ecclesia.pt/dioceses/noticia.asp?noticiaid=32481)

segunda-feira, maio 29, 2006

Inês de Castro


Como "filha do Mondego", fica a minha singela e humilde homenagem a Inês de Castro, ela também uma "filha do Mondego", utilizei Camões, porque quem melhor do que ele para lhe prestar um enorme tributo?
Estavas, linda lnês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruito,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuito,
Aos montes insinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.


Do teu Príncipe ali te respondiam
As lembranças que na alma lhe moravam,
Que sempre ante seus olhos te traziam,
Quando dos teus fermosos se apartavam;
De noite, em doces sonhos que mentiam,
De dia, em pensamentos que voavam;
E quanto, enfim, cuidava e quanto via
Eram tudo memórias de alegria.

Tirar Inês ao mundo determina,
Por lhe tirar o filho que tem preso,
Crendo co sangue só da morte indina
Matar do firme amor o fogo aceso.
Que furor consentiu que a espada fina
Que pôde sustentar o grande peso
Do furor Mauro, fosse alevantada
Contra hua fraca dama delicada?

As filhas do Mondego a morte escura
Longo tempo chorando memoraram,
E, por memória eterna, em fonte pura
As lágrimas choradas transformaram.
O nome lhe puseram, que inda dura,
Dos amores de Inês, que ali passaram.
Vede que fresca fonte rega as flores,
Que lágrimas são a água e o nome Amores!

Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas

Felicidade


Tristeza não tem fim
Felicidade sim...
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar.
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei, ou de pirata, ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira.
Tristeza não tem fim
Felicidade sim...
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor.
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos de minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo por favor...
Pra que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor.
Tristeza não tem fim
Felicidade sim... (Vinicius de Morais)

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Ao contrário do grande poeta, eu venho dizer k a minha felicidade n tem fim. O Rui é algo de muito bom k me aconteceu na minha vida, para mim é dificil descrever o sentimento, e tb n o vou descrever totalmente, ou se calhar, só parcialmente. Ele é de facto a minha luz, o meu grande motivo de orgulho, um Homem muito, mas muito especial. Amo-o como até hoje n amei ninguém, de uma forma tão serena, e tão intensa, baseada na confiança. Ele é o meu sol, o meu mar, o meu rio, a minha alegria, o meu riso..... Um dia eu tenho a certeza a distância entre os dois n vai existir, um dia vamos estar juntos, e é nesse juntos que a nossa felicidade encontra a plenitude. Todos os dias são dias diferentes, constituidos de conquista, nada é certo, por isso a relação constroi se todos os dias, inovando, surpreendendo, dando liberdade, dando motivos de orgulho e de satisfação, esta é a nossa relação, eu luto, todos os dias, mas nao uma luta k me desgaste, pelo contrário, dá me força para ir em frente e para o amar mais a cada dia k passa. Na vida temos destinos marcados, e eu acredito que o meu Paula Henriques mais o do Rui Sanches, estavam mais do k traçados, o nos termos encontrado, foi lindo, o ainda tarmos juntos é lindo e acredito que continuaremos a estar até que um de nós desaparece da face da terra. Eu amo te Rui, com a maior força, nunca nada assim me aconteceu, o que sinto por ti é único. Adoro-te como és, não mudes nunca.

terça-feira, maio 16, 2006

Rainha Santa Isabel

Isabel, filha do rei de Aragão e esposa do rei de Portugal, parece uma personagem irreal.
Nas pompas do reino, entre os luxuosos vestidos das damas, as intrigas da corte, os ciúmes, as infidelidades, os ódios, as rivalidades amorosas, os adultérios, os arrependimentos, desenrola-se o drama de uma autêntica heroína da santidade feita de amor, perdão, lágrimas escondidas, silêncio magnânimo.
Isabel nasceu na Espanha em 1271. Entre os seus antepassados existem santos, reis e imperadores. Seu pai, Pedro II, rei de Aragão, quando nasceu a filha Isabel, era ainda um jovem príncipe, com uma enorme vontade de se divertir. Assim deixou que fosse o avô Tiago I, convertido à vida devota, a ocupar-se da educação da neta. Sobre o leito de morte, acariciando a menina de seis anos, o velho predisse que ela se tornaria a pedra preciosa da casa de Aragão. A profecia realizou-se. Apenas com doze anos, Isabel foi pedida em casamento por três príncipes. Os pais escolheram-lhe o mais próximo. D. Dinis, herdeiro do trono de Portugal, que colocou sobre a cabeça da jovem esposa o diadema de rainha, e sobre seus ombros a pesada cruz de uma convivência de mártir.
Isabel deu ao rei dois filhos: Constância, futura rainha de Castela e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. As numerosas aventuras extraconjugais do marido humilhavam-na profundamente. Mas Isabel mostrava-se magnânima no perdão criando com os seus também os filhos ilegítimos de Dinis, aos quais reservava igual afeto. Dinis, por sua vez deu-se a sentimentos de ciúme a ponto de dar crédito às calúnias e insinuações de um cortesão. Mas a inocência de Isabel triunfou. Entre seus familiares, constantemente em luta, desempenhou obra de pacificadora, merecendo justamente o apelido de anjo da paz.
Conta-se que, no ano de 1333, em Portugal, houve uma fome terrível, durante a qual nem os ricos eram poupados. Para aliviar a situação de fome, D. Isabel empenhou suas jóias e mandou vir trigo de lugares distantes para abastecer o celeiro real, e assim manter seu costume de distribuir pão aos pobres durante as crises.
Num desses dias de distribuição, apareceu inesperadamente o rei. Temendo a censura, ela escondeu os pães no regaço. O rei percebeu o gesto e perguntou surpreso: - Que tendes em seu regaço? A rainha, erguendo o pensamento ao Senhor, disse em voz trêmula: - São rosas, senhor. O rei replicou: - Rosas em Janeiro? Deixai que as veja e aspire seu perfume. Santa Isabel abriu os braços e no chão, para pasmo geral, caíram rosas frescas, perfumadas, as mais belas até então vistas.O rei Diniz não se conteve e beijou as mãos da esposa, retirando-se enquanto os pobres gritavam: Milagre, milagre!
Mais tarde, o príncipe Afonso organizara um levante contra o rei, seu pai.Isabel procurara todos os meios para afastar o filho dos planos sinistros. Não obstante houve quem a acusasse a rainha de combinação como filho revoltoso. O rei, sem examinar a questão, expulsou a rainha do palácio, dando-lhe por morada uma casa de campo. Isabel apelou para Deus, que não tardou em patentear a inocência da rainha. Morto o marido, não podendo vestir o hábito das clarissas e professar os votos no mosteiro que ela mesma havia fundado, fez-se terciária franciscana. Duas Peregrinações fez a Compostela, na Espanha; a primeira, logo depois da morte do marido, e a Segunda por ocasião de um jubileu. Esta última foi feita a pé, e em companhia de duas empregadas, fazendo as três romeiras a penitência de viver de esmolas que pediam no caminho.D.Diniz morreu cristãmente. Isabel por seu turno pediu admissão no convento das religiosas de Santa Clara, em Coímbra, de que era fundadora.
Após ter deposto a coroa real no santuário de São Tiago de Compostela e haver dado seus bens pessoais aos necessitados. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, dedicada aos exercícios de piedade e de mortificações. A quem lhe recomendava um pouco de moderação nas penitências quotidianas que se impunha, respondia: "Onde, se não na corte, são mais necessárias as mortificações? Aqui os perigos são maiores".
Isabel morreu em 1336, na idade de 65 anos. Trezentos anos depois da morte foi-lhe o corpo encontrado sem sinal de corrupção,exalando perfume deliciosíssimo. Grandes milagres Deus se dignou fazer no túmulo de sua serva. Isabel foi canonizada pelo Papa Urbano VIII, no ano de 1625.
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Maria da Fonte

No contexto de um Portugal agrário e proto-indústrial, com um governo liderado pelos Cabrais que criaram as matrizes prediais, as juntas de saúde proibiram os enterros dentro dos templos, surgindo os primeiros sentimentos de revolta e consternação. O país estava descontente, a população passava dificuldades e, para cúmulo a profunda reforma fiscal levara ao aumento dos impostos.Este cenário conduziu a que em vários pontos do país a população enfrentasse a tropa do Governo.O 1º movimento revolucionário, de 1846, neste concelho parecia, em princípio, não ter a gravidade à qual depois se chegou, se bem que as revoltosas do Minho sejam sempre mais temidas que as de outras regiões. Porque será?O gosto pela preservação das tradições conduziram a desconfianças e actos de rejeição perante as inovações impostas por Costa Cabral.A atitude de oposição e ódio que o povo votava o Governo tornava-se cada vez mais pronunciado e ameaçador. A proibição dos enterros dentro dos templos exaltou os ânimos do povo, que por falta de instrução, não conhecia a utilidade dessa medida sanitária, nem queria alteração alguma aos antigos costumes.Os enterros, na Póvoa de Lanhoso, foram a chama das manifestações conduzidas pelo sexo feminino.A 20 de Janeiro de 1846 teve lugar na freguesia de Fontarcada, o enterramento de José Joaquim Ribeiro, que no cumprimento da lei devia ser sepultado no adro, visto não haver ainda cemitério. As mulheres, ao saberem disso, reuniram-se a fim de conduzirem o falecido ao mosteiro de Fontarcada e efectuarem o enterro. No dia seguinte ao préstito fúnebre, dispuseram-se as mulheres para a exumação do cadáver, mas o regedor da freguesia, Jerónimo Fernandes de Castro, conseguiu que desistissem. No dia 5 de Fevereiro, do mesmo ano, registou-se idêntico tumulto. Falecera Maria Joaquina da Silva, que transgredindo a lei foi sepultada no interior do templo.A manifestação do grupo de mulheres, armadas com chuços, sacholas e forcados, no dia 22 de Março, no funeral de Custódia Teresa, e os insultos por estas perpetrados “ Viva a Rainha! Abaixo os Cabrais e as leis novas”, deu origem a uma ordem de captura pelo regedor da freguesia. Detidas algumas das revoltosas e levadas para a Vila da Póvoa de Lanhoso, logo as restantes, ao que tudo indica mais de 300, armadas de fouces e varapaus deixaram o mosteiro de Fontarcada para livrarem as suas companheiras. Uma das revoltosas que mais se sobressaia era Maria Angélica de Simães. Trazia a ela presas na cintura duas pistolas, sendo a única que se apresentava com armas de fogo. Encaminharam-se para os paços do concelho descarregando repetidos golpes de machado na porta, entrando no salão de audiências, onde arrombaram um alçapão e libertaram as mulheres. Dirigiram-se depois para casa do administrador não o encontrando, saciaram a sua vingança queimando muita da papelada inútil.Apesar de todas as controvérsias, no dia 5 de Abril, dá-se outro enterro , ao qual comparece o grupo de mulheres que sepultam o cadáver dentro do templo. Deste acto resultou a captura de Josefa Caetana, que sujeita a interrogatório disse chamar-se Maria da Fonte. O administrador, em vista do arrombamento da cadeia, facto que podia repetir-se, resolveu enviar directamente para Braga a criminosa, vigiada por 6 cabos da polícia. A notícia desta resolução levou o mulherio a enfrentar os guardas, que se viram obrigados a ceder.Tendo em conta os factos ocorridos o administrador entendeu que não podia continuar a exercer o seu cargo. Para seu lugar foi nomeado o bacharel Salvador António da Cunha Rocha, da Casa do Requeixo, freguesia de Fontarcada, exaltando de alegria as revoltosas, porque sendo o novo administrador mais popular, esperavam que fosse com elas mais benevolente.Mas quem foi Maria da Fonte?Muitos defendem que foi o nome dado a um grupo generalizado de mulheres, sem que houvesse qualquer uma a destacar-se do conjunto, outros defendem que foi uma mulher específica.Para alguns como José Paixão Bastos, a verdadeira Maria da Fonte chamava-se Maria Luísa Balaio, que lhe chamavam Maria da Fonte. Era proprietária de uma hospedaria “Maria da Fonte”, ponto onde ocorriam as revoltosas, onde logo lhes aparecia Maria Luísa Balaio, que ao que tudo indica nunca tomou parte activa na revolução feminina. Josefa Caetano, Maria Angélica de Simães, para o povo de Fontarcada a verdadeira Maria da Fonte, ou uma outra mulher de nome Maria, são outras hipóteses que ao longo dos anos se têm colocado.No fundo, apesar de todas as teorias, Maria da Fonte foi um amplo combate pela liberdade e pela justiça social, muito mais do que um protesto contra a proibição dos enterros nas igrejas, que não deixou de ser enunciado na literatura através de Camilo Castelo Branco, na música por Midosi e Frondoni “Hino da Maria da Fonte”, nas artes plásticas por José Augusto Távora que pintou Maria da Fonte na parede de uma sala do clube Povoense.Maria da Fonte, um enigma que continua. Afinal que rosto tinha Maria da Fonte?
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Lendas - A padeira de Aljubarrota

Brites de Almeida não foi uma mulher vulgar. Era feia, grande, com os cabelos crespos e muito, muito forte. Não se enquadrava nos típicos padrões femininos e tinha um comportamento masculino, o que se reflectiu nas profissões que teve ao longo da vida. Nasceu em Faro, de família pobre e humilde e em criança preferia mais vagabundear e andar à pancada que ajudar os pais na taberna de donde estes tiravam o sustento diário. Aos vinte anos ficou órfã, vendeu os poucos bens que herdou e meteu-se ao caminho, andando de lugar em lugar e convivendo com todo o tipo de gente. Aprendeu a manejar a espada e o pau com tal mestria que depressa alcançou fama de valente. Apesar da sua temível reputação houve um soldado que, encantado com as suas proezas, a procurou e lhe propôs casamento. Ela, que não estava interessada em perder a sua independência, impôs-lhe a condição de lutarem antes do casamento. Como resultado, o soldado ficou ferido de morte e Brites fugiu de barco para Castela com medo da justiça. Mas o destino quis que o barco fosse capturado por piratas mouros e Brites foi vendida como escrava. Com a ajuda de dois outros escravos portugueses conseguiu fugir para Portugal numa embarcação que, apanhada por uma tempestade, veio dar à praia da Ericeira. Procurada ainda pela justiça, Brites cortou os cabelos, disfarçou-se de homem e tornou-se almocreve. Um dia, cansada daquela vida, aceitou o trabalho de padeira em Aljubarrota e casou-se com um honesto lavrador..., provavelmente tão forte quanto ela.
O dia 14 de Agosto de 1385 amanheceu com os primeiros clamores da batalha de Aljubarrota e Brites não conseguiu resistir ao apelo da sua natureza. Pegou na primeira arma que achou e juntou-se ao exército português que naquele dia derrotou o invasor castelhano. Chegando a casa cansada mas satisfeita, despertou-a um estranho ruído: dentro do forno estavam sete castelhanos escondidos. Brites pegou na sua pá de padeira e matou-os logo ali. Tomada de zelo nacionalista, liderou um grupo de mulheres que perseguiram os fugitivos castelhanos que ainda se escondiam pelas redondezas. Conta a história que Brites acabou os seus dias em paz junto do seu lavrador mas a memória dos seus feitos heróicos ficou para sempre como símbolo da independência de Portugal. A pá foi religiosamente guardada como estandarte de Aljubarrota por muitos séculos, fazendo parte da procissão do 14 de Agosto.
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Lendas - A lenda da Maia

Há muitos, muitos anos, as terras da Maia ainda eram densas de florestas e de campos verdejantes. Os seus habitantes tiravam o seu sustento e a sua riqueza dos campos que cultivavam. Num belo dia do mês de Maio nasceu uma menina, de olhos muito azuis e cabelos cor de fogo. Seus pais, humildes e modestos camponeses, felizes com o evento, não se cansavam de contemplar aquele ser tão ágil e tão pequenino que lhes sorria.... um sorriso grande que iluminava tudo! Desde o seu nascimento que aquela casa estava diferente, com um perfume estranho e uma música celestial que não se sabia de onde vinha... Cedo se aperceberam que qualquer coisa de anormal se passava com a pequenita: quando esta sorria, tudo em seu redor também sorria, uma música de encantar fazia-se ouvir, o perfume da primavera e uma sensação de paz e felicidade rodeava tudo e todos. Cada vez mais assustados com este fenómeno, os pais foram pedir conselho ao prior da aldeia. Este nada de anormal achou naquela criança, antes pelo contrário, foi Deus que quis que esta menina trouxesse consigo a música e o perfume das flores do mês de Maio. Os pais não ficaram lá muito satisfeitos com esta explicação e receosos que os vizinhos troçassem da filha quando se apercebessem das faculdades da criança manifestaram o seu medo... "Não seria nada de sobrenatural?!" O padre sorriu diante do receio daqueles pais assustados e sugeriu-lhes que quando a baptizassem, lhe dessem o nome de Maia, não só em homenagem ao mês de Maio, mês em que nascera, mas também ao mês das cores e dos perfumes do campo. Durante doze longos anos Maia foi crescendo, desenvolvendo-se em sabedoria e beleza, tomando-se numa linda rapariga. Seus pais cultivaram durante todos esses anos o medo da reacção dos vizinhos se descobrissem o dom da filha e fecharam-na em casa como que numa redoma, sem poder brincar com as crianças da sua idade, sem crescer com elas, sem amigos, sem contactos com outras pessoas que não fossem os seus pais. Maia não compreendia tal atitude, pois apesar do que lhe dizia seus pais, não se achava diferente das outras crianças. Mesmo assim e apesar dos seus protestos e dos sucessivos pedidos de esclarecimento, nunca os seus pais cederam e deixaram que ela enfrentasse a aldeia. A voz dos vizinhos foi crescendo ao longo destes anos. Preocupados com a criança que nunca saia de casa, que nunca viram brincar com as outras crianças, pediram ao prior que fosse ver o que se estava a passar. E este foi descobrir Maia, linda como as flores, rodeada de plantas e animais que foram os seus amigos e companheiros de brincadeiras durante todos estes anos. Sorrindo, levantou-se e beijou a mão do prior... e aqueles olhos azuis e o som da sua voz quente e cristalina tiveram o condão de transformar um céu triste num belo dia de primavera, luminoso, onde o cheiro dos campos floridos rodeavam tudo à sua volta e uma cálida sensação de paz e felicidade invadiu o corpo do padre já vergado pelo peso dos anos. Encantado com tal prodígio, mas zangado com a atitude dos pais, o prior levou-a para a igreja e lá, no final da Missa, apresentou-a a toda a aldeia que a acolheu, finalmente, no seu seio! Sorrindo, Maia agradeceu o cuidado demonstrado por todos. Foi nesta altura que o perfume das flores de Maio irrompeu pela igreja! Uma música suave, terna e repousante prendeu, como que enfeitiçados, os corações de todos os presentes! E foi assim que a fama do seu sorriso e a candura sua voz se espalharam rapidamente pelas aldeias vizinhas! Com o decorrer do tempo as romagens às Terras da Maia começaram a ser cada vez em maior número, só para verem com os seus próprios olhos aquela menina dos cabelos de fogo e de belos olhos azuis que, quando sorria ou falava tudo se modificava em seu redor...Ainda hoje - diz-se entre os mais velhos - que nas Terras da Maia, muitos anos depois da menina já ter morrido, e durante o mês de Maio, se mantém o velho costume de pelos campos maiatos, vestidos de amarelo pelas flores do mês de Maio, se procurar por entre as maias floridas, aquela que reuna em si mesmo o cheiro dos mil perfumes e o som da música celestial... E, segundo a lenda, quem o descobrir, conseguirá ouvir a voz doce e quente da Maia do passado, e sentir-se-á, de novo, a música e os perfumes dos campos na primavera, misturados com uma agradável e dolente sensação de bem estar, de paz interior e de felicidade!

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(retirado do site http://www.eb1-gestalinho.rcts.pt/lendas.htm)

Ai, ai.....

Hoje estou no chamado dia não, sinto me assim como uma borboleta sem asas. Gostava de voar e n consigo levantar os pés do chão, gostava.....gostava.... gostava.... Se calhar é por ser de noite, e a noite tudo traz.... trás medo, desgosto, tristeza, desilusão e sei lá k mais trás, tudo o k eu kiser, o k me apetece a valer era ir ali ao pinhal e gritar até ficar rouca, mas gritar tudo o k me incomoda, e depois descer e dormir "nada como uma boa noite de sono n cure", como diz o meu namorado, o RUI. É isso gostava de ser como ele, tem uma maneira muito própria de lidar com tudo, o k me fascina nele (entre muito mais coisas), mas eu sou dada mais para divagar e pensar, pensar, pensar...

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Mas eu sou assim, e hoje particularmente, o meu local de trabalho irritou me a valer, tenho tanto k fazer k me apetece sair dali para n voltar. Se me deixassem fazer as coisas conforme eu tenho planeado na minha cabeça, para mim tudo bem, mas todos os dias lá veem as prioridades, as novas entradas, os novos.....as novas..... e mais novos..... e tem k ser hoje.....e n pode passar mais tempo...... e ainda n tá feito.....e agora parar tudo é isto.... e k faço eu? Paro rolo de um lado para o outro e n faço nada, e faço k faço, e assim os dias passam, e o trabalho cada vez acumula mais. E eu assim n consigo, n funciono, n trabalho, arrasto me lentamente até a hora chegar.

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Tenho k traçar objectivos para o ano em curso.... dá para rir.... k objectivos? O meu unico objectivo é: DEIXEM ME EM PAZ, KERO FAZER O K TENHO JUNTO A MIM, N SEI SE CONSIGO CUMPRIR OS OBJECTIVOS, SÓ KERO N TER TANTOS LIVROS À MINHA VOLTA..............PORRA, será pedir demais?

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Ai vou acabar por aki, porque o k me apetece escrever iria magoar algumas pessoas e eu n kero, amanhã isto já passou, OS OBJECTIVOS É K N

quinta-feira, maio 11, 2006

Uma história........

Uma pequena casa, com um jardim à volta, cheio de flores.
Aí mora o pequeno Rui. Ele é um menino muito bem educado, sossegado, tem muito boas notas na escola, e gosta de brincar como todos nós.
Um certo dia o Rui viu matar um passarinho, chorou, e pensou para ele:
- Que maus que eles são, mataram o passarinho!!!!
E gritou bem alto:
- Que mal é que ele vos fêz?
Mas já ninguém ouviu... simplesmente uma abelha foi ter com ele e poisou-lhe na mão. O nosso pequenino, estremeceu todo, mas pensou lá com ele:
- Se eu lhe não fizer mal, ela não me pica, mas se eu tentar enxutá-la ela pica-me.
Virando-se para a abelha, disse-lhe:
- Não me picas, pois não?
E a abelhinha, para confirmar que não lhe fazia mal subiu-lhe para a testa. Rui riu-se e a abelhinha foi-se embora, e o nosso menino encaminhou-se para casa a pensar na abelha e em todos os animais.
No outro dia de manhã, abre a janela e o sol entra no seu quarto. Estava um dia lindo, as flores do seu jardim pareciam mais bonitas, as pessoas que ele via na rua mais alegres.
Porque será que o Rui, veria as pessoas mais alegres e as flores mais bonitas?
Porque ele decidiu proteger todos os animais abandonados, que fosse encontrando.
Assim começou o seu dia, saiu e começou por apanhar uma linda joaninha que estava no chão, mais à frente viu um cão cheio de fome e levou-o consigo, logo de seguida um pintassilgo estava no chão, e Rui pensou para consigo:
- Bem, por hoje já chega. E vamos vêr o que o meu pai me vai dizer. Espero que ele não me diga que eu fiz mal.
Chegou a casa, tratou da joaninha e arranjou-lhe um sitio para ela descansar, deu comida ao cão e deu-lhe banho, e também tratou do pintassilgo e arranjou-lhe uma gaiola.
Muito atrapalhado, mas confiante, foi ter com o pai, contou-lhe tudo, a sua decisão e o que tinha feito. O pai deu-lhe um conselho:
- Terás de colocar a joaninha em liberdade, senão ela morrerá, em relação à tua decisão, concordo e ajudo-te, mas vamos tentar arranjar quem os adopte, e podemos ficar com alguns.
Rui respondeu:
- Obrigado pai. Amanhã continuarei, eles não tem culpa do que as pessoas más lhes fazem.
E o Rui lá foi cuidar dos seus animais......
Que isto sirva de lição, não abandonem os animais, não lhes façam mal, não os "usem" só enquanto são pequeninos, só porque tem muita piada, eles tem sentimentos, sofrem e muito, porque se existe ser vivo dedicado e exclusivo para com os a sua familia, são eles os animais, dão sem esperar em troca, e estão sempre ali para o que der e vier, enxugam as lágrimas, não saem de perto quando se está doente.............. Eu utilizei a palavra familia e não dono, porque a palavra dono eu não gosto.........

terça-feira, maio 09, 2006

Quero gritar

Por favor, eu hoje kero gritar, gritar muito, kero os meus sonhos, kero sorrir sem chorar, kero passar uma borracha em tudo, kero voltar para a barriga da minha mãe. N kero k ninguém chore, sofra, kero ser plenamente feliz, e hoje tenho vontade de fugir para um local bem escondidinho e murmurar ao vento k passa todas as minhas mágoas, os meus medos, as minhas ansiedades, os meus blokeios, as minhas angústias. N kero perder nada, nem o meu porta moedas, kero tudo como tava à uns dias atrás. Peço a Deus, mas eu acho k já n sei rezar, rezar é tb falar com Ele, e é isso k faço, imploro, peço, n kero nada para mim, só kero para os outros. Sinto me triste, desiludida, kero fazer alguma coisa pelas pessoas e n consigo. KERO SER ÚTIL, E N SENTIR ME INÚTIL. A inutilidade mata, aniquila, enfurece, arrefece a alma e eu n kero.
Sou akilo k kero
E akilo k todos n kerem
Se eu fosse, eu n keria
Mas eu kero ser
Seria um leopardo ou até talvez uma lontra
Mas como ser implica predestinação, eu n sou
O gostava de ser, todos dizem
Mas o ser, ninguém ker
Gostava de ser: avião, pássaro, moinho, mar, árvore, autocarro, e muito mais.....
O certo é k tenho de me contentar, com akilo k sou:
andar na vertical e ir em frente
Sou akilo k kero?
Sim, n, talvez
Nem eu sei
Só sei k sou
(Escrito em Julho de 1986)

segunda-feira, maio 08, 2006

Esperança




Esperança,................. muita esperança,

é o k tenho............. e fé............
Muita fé, mais nada hoje n sei dizer, acredito, creio, e tenho esperança.............

E o mais importante, dentro de mim existe tanta esperança e uma certeza, de k tudo vai correr bem, é a minha certeza absoluta

sábado, maio 06, 2006

Para ti Cris



Começar de novo significa: Vitórias alcançadas
Começar de novo significa: Uma corrida bem feita
Começar de novo significa: Pode voltar a ser com o Nuno
Não fiques ai sentada: Começa de novo
"Me encontras-te despida de sentimentos. Mas como o pássaro que lentamente constrói seu ninho, plantou no meu peito o sentimento que há tempos esperava"
Passeio pelos blogs e encontro corações partidos, dilacerados por separações e posso ver sinais de luta... não posso deixar de ver que do outro lado houve muitas vezes desistência... sem hesitação, de um momento para o outro "Ciau"...
A Pessoa Errada Luis - Fernando Veríssimo
Pensando bem
Em tudo o que a gente vê e vivencia ouve e pensa
Não existe uma pessoa certa para nós
Existe uma pessoa
Que se você for parar para pensar
É, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa
Faz tudo certinho
Chega na hora certa,
Fala as coisas certas,
Faz as coisas certas,
Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras, perder a hora , morrer de amor
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
Que é para na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada é, na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo
Porque a vida não é certa, nada aqui é certo
O que é certo mesmo é que temos que viver
Cada momento, cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo,conseguindo
É só assim., é possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz: "Graças a Deus deu tudo certo"
Quando na verdade tudo o que ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada
Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito para nós...

Dia da Mãe

Amanhã é Dia da Mãe....



Eu não serei a melhor pessoa para falar deste dia, mas eu posso me considerar feliz porque ainda tenho mãe, não foi a melhor, mas é a minha mãe, falhou, mas eu tb falhei, temos personalidades incompatíveis, por mais anos que passem, por mais sofrimentos que a vida nos traga, nunca nos conseguimos unir. Aquela mãe confidente, amiga, aquela que dá colo e nos dá o melhor conselho, aquela que nos quer ver felizes, essa de facto não é a minha mãe. Penso que a imagem acima, nãe é a melhor, mas é aquela que eu gostava que alguma vez tivesse acontecido, em bébé, em adolescente, em adulta.... paciência, não aconteceu.

Mas vou transcrever o que o meu pai há muitos anos escreveu para eu dar à minha mãe:

1 - Oh minha mãe, minha mãe, mãezinha de outra era, amo tanto minha mãe, como as flores da primavera

2 - O dia da mãe chegou, rodeado de flores, amo muito minha mãe com o mais puro dos amores

3 - Mês de Maio, mês de Maria, amo minha mãe com muita alegria

4 - Pelo céu vai uma luz lá para os lados do poente, eu gosto da minha mãe porque o meu coração não mente

5 - Subi ao céu por uma escada e desci por um fio de prata, amo muito minha mãe ainda que ela me bata

Meu pai sempre fez um tremendo esforço para que houvesse harmonia, mas foi um remar dificil, e ficámos sempre no alto mar, com muitas ondas e pouca calmaria.......

quarta-feira, maio 03, 2006

Brincadeiras







Espero k kem visite goste, foram retirados de blogs k visito

20 anos depois


Ainda choro, kuando falo contigo PAI, todos os dias te falo, mas continuo a chorar muito, pk as dores vão se acumulando com os anos....e as lágrimas tb, eu sei k tás em algum jardim entre as flores, tu foste o melhor, o presente, o amigo, o maior, e eu n fui o k esperaste de mim. Mas olha eu permaneço em ti, e mesmo sózinha eu sei k tás junto a mim, basta olhar o céu, e olhar............. e tu tás lá, sempre, como estiveste sempre aki comigo. Amo te, cada dia mais, sinto a tua falta, muito.

Um arrepio.....a sensação k tás aki junto a mim......a impressão k me estás a chamar

5 de Janeiro de 1986

Perdi te, PAI, da maneira mais horrorosa. Porque te foste embora? Nunca mais te vou chamar PAI. O último beijo k te dei foi à tanto tempo.... A última caricia k te fiz foi à tanto tempo.... Lembro me agora o último beijo foi no dia dos teus anos...........Perdi te para sempre.............
Pai, partiste
Deixaste me na solidão
A vida escureceu
Tanto te keria dizer
Já n houve tempo
N Cheguei a tempo
Kuando cheguei já era tarde
Muito tarde
Tarde demais

No sonho triste da vida
Acordei e vi
Vi mas n kero vêr
N posso
Levem me daki

Os sonhos são a triste realidade da vida, eles sustentam a vida, sonhas mas é dificil viveres. Há sonhos k são impossiveis, há situações k mais vale n olhar para elas, cheguei atrasada, muito atrasada, podia ter evitado uma catástrofe........... perdi o meu apoio, o meu grande amor. Nakela noite de Natal, devia ter ficado, sai, abandonei o, virei lhe as costas, PORQUÊ?
Viveu sózinho e morreu sózinho, eu era a única filha e abandonei o, e nunca mais o verei.

(Foi escrito em Janeiro de 1986, kuando o mundo caiu na minha cabeça, e a loucura da vida me fez perceber k à custa dela eu perdi o mais importante)