terça-feira, agosto 29, 2006

Animais os nossos amigos inseparáveis

As crianças, de uma maneira geral, gostam de animais e por vezes são elas as primeiras a pedir para que um animal de estimação seja adoptado pela família.
Está estimado em 1,9 milhões o número de cães e em 1,5 milhões o número de gatos existentes em Portugal.
Quase metade dos lares portugueses têm um ou mais animais de estimação, o dobro da média europeia.
Os animais de companhia completam um desejo humano básico ao oferecerem amor e afecto incondicional, e a sua dependência faz-nos sentir necessários e importantes por proporcionarem uma amizade intocável e sem julgamentos.
Além de tudo isto, e contrariamente ao que muitas pessoas julgam, ajudam-nos a viver mais felizes e saudáveis.
As crianças, de uma maneira geral, gostam de animais e por vezes são elas as primeiras a pedir para que um animal de estimação seja adoptado pela família.
A resposta a este pedido tem de ser muito bem ponderada, tendo sempre em linha de conta o estilo de vida da família e o que cada elemento da família pensa e está disposto a fazer, pois um novo animal pode alterar a estrutura familiar e portanto terá que ser aceite por todos.
Adquirir um animal de estimação é, sem dúvida, um facto marcante na nossa vida e, como tudo, tem prós e contras. Mas estes últimos podem ser perfeitamente contornados.

1. Um animal de estimação é uma forma de promover a comunicação quer na criança quer no adulto, e entre adultos e crianças, facilitando a interacção social e sendo um tema de conversa seguro entre as pessoas.

2. Os animais são companheiros e ouvintes, com quem podemos desabafar problemas, medos e preocupações, sem recear qualquer tipo de censura. A verdade é que estes nossos amigos podem ser verdadeiros terapeutas silenciosos.

3. Os animais de companhia podem proporcionar tempos de qualidade e diversão, pois são companheiros incomparáveis e incansáveis de brincadeira. Este facto pode ser particularmente importante para levar as crianças para espaços ao ar livre e retirá-las de casa, da frente dos computadores e dos televisores, promovendo uma vida mais saudável, melhorando a sua saúde e prevenindo certas doenças como, por exemplo, a obesidade. Além disto, brincar é um processo essencial no crescimento social, intelectual e cívico das crianças.

4. O contacto com animais ajuda a relaxar e a diminuir os índices de ansiedade, estando provado que acarinhar um cão ou um gato é um acto inconsciente de meditação, que diminui o stress, ajudando a reduzir os valores de tensão arterial, melhorando os indicadores de stress a nível cardiovascular, comportamental e psicológico.

5. Segundo os estudos mais recentes, a exposição precoce (desde o nascimento ou durante o primeiro ano de vida) da criança a animais diminui a probabilidade de virem a sofrer de alergias. Inclusivamente, acredita-se que a exposição da mãe a animais de companhia durante a gravidez pode ser relacionada com maior resistência imunitária do bebé e menor probabilidade de este vir a sofrer de asma.

6. É certo que o animal de companhia será obviamente mais uma sobrecarga de trabalho para os pais (pois serão eles que mais frequentemente terão de cuidar do animal de companhia), mas é também uma forma de responsabilizar a criança por funções que deve realizar, ganhando senso de independência e disciplina que a ajudará a amadurecer e a tornar-se num adulto responsável. Fazê-la-á também compreender o quão valiosa é uma vida que depende de nós e o quão valiosos são os nossos amigos.

7. Os animais de companhia ajudam a criança a preparar-se para as situações da vida, como por exemplo o nascimento, a reprodução, a doença, a morte, os acidentes, aprender a partilhar o pai e a mãe com um irmão, lidar com assuntos médicos/de doença (com as visitas ao veterinário), etc.

Concluindo, quer seja junto de um adulto, de uma criança ou de um idoso, um animal de companhia promove um sentimento de preenchimento interior, de bem-estar geral e diminui os sentimentos de isolamento e solidão. Há inclusivamente estudos que indicam que as crianças que têm animais de companhia, nomeadamente cães, são em geral menos egocêntricas.

Dária Rezende - Serviço de Pediatria do Hospital de São Marcos, Braga
Jorge Ribeiro - Veterinário, Clínica de Animais de Companhia do ICBAS - Universidade do Porto.

sexta-feira, agosto 25, 2006

ANIMAIS - os nossos melhores amigos

Esta menina tem sido a minha companheira, amiga, confidente, nos últimos 10 anos da minha vida, com ela e por ela eu tenho sido muito feliz, existem dias na minha vida que é por ela que me levanto, me visto e vou trabalhar, é ela que faz com que eu sorria no fim de um dia de trabalho, é ela que me ouve naqueles momentos mais escuros e tristes, e é dela que recebo o maior carinho e amor. Amo-te TECA
Retirei este desafio do blog da APC http://camuflagens.blogspot.com/

Em homenagem a esses companheiros incondicionais, eis o desafio:

1) Qual o animal doméstico que mais aprecias, e porquê?
2) O que nos contas sobre o teu animal de estimação?

Aqui fica o dito, aberto a todos

Jorge Luís Borges


Instantes - Poema de Jorge Luis Borges

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo do que tenho sido, na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiénico.
Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida; claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos, não perca o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem ter um termometro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um paraquedas; se voltasse a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria até o final do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças. Se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo...


Jorge Luis Borges nasceu em Buenos Aires a 24 de Agosto de 1899 e morreu em Genebra a 14 de Junho de 1986, foi escritor, poeta e ensaísta.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Tangas


Eu diria mais difrenças na alimentação será?

Para pensar

Então a raposa apareceu.
"Bom dia", disse a raposa.
"Bom dia", o Pequeno Príncipe respondeu educadamente. "Quem és tu? Tu és tão bonita."
"Eu sou uma raposa", disse a raposa.
"Vem brincar comigo", propôs o Pequeno Príncipe. "Eu estou tão triste".
"Eu não posso brincar contigo", disse a raposa. "Eu não estou cativada".
"O que significada isso – cativar?"
"É uma coisa que as pessoas frequentemente se esquecem", disse a raposa.
"Significa estabelecer laços".
"Sim" disse a raposa. "Para mim tu és apenas um menino e eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens nenhuma necessidade de mim. Para ti eu não sou nada mais do que uma raposa, mas se tu me cativares então nós precisaremos um do outro".
A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse: "Por favor cativa-me."
"O que eu devo fazer para te cativar?" perguntou o Pequeno Príncipe.
"Deves ser muito paciente". Disse a raposa.
"Primeiro vais sentar-te a uma pequena distância de mim e não vais dizer nada. Palavras são fontes de desentendimento. Mas todos os dias tu te irás sentar cada vez mais perto de mim."
No dia seguinte o principezinho voltou.
"Teria sido melhor voltares à mesma hora", disse a raposa.
"Se tu vens por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz. Ás quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens por exemplo a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos".
Então o Pequeno Príncipe cativou a raposa e depois chegou a hora da partida dele –
"Oh!" disse a raposa. "Eu vou chorar".
"A culpa é tua", disse o Pequeno Príncipe, "mas foste tu que quiseste que eu te cativasse".
"Adeus", disse o Pequeno Príncipe.
"Adeus", disse a raposa. "E agora eu vou-te contar um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas tu não deves esquecê-la. Tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas."

(Saint-Exupéry)

Fantasma da Ópera

Tive alguma resistência em ver este filme, porque não gosto muito de musicais, mas depois de o ver aconselho a qualquer um a ver, e mais não digo porque é preciso mesmo ver para se gostar. Belissimas interpretações.

All I Ask Of You

Raoul:
No more talk
Of darkness,
Forget these
Wide-eyed fears.
I'm here,
Nothing can harm you -My words will
Warm and calm you.
Let me be
Your freedom,
Let daylight
Dry -your tears.
I'm here,
With you, beside you,
To guard you
And to guide you . . .

Christine:
Say you love me
EveryWaking moment,
Turn my head
With talk of summertime . . .
Say you need me
With you,
Now and always . . .
Promise me that all
You say is true -That's all i ask
Of you . . .

Raoul:
Let me be
Your shelter,
Let me
Be your light.
You're safe:
No-one will find you
Your fears are
Far behind you . . .

Christine:
All i want
Is freedom,
A world with
No more night . . .
And you
Always beside me
To hold me
And to hide me . . .

Raoul:
Then say you'll share with
Me one
Love, one lifetime . . .
Iet me lead you
From your solitude . . .
Say you need me
With you
Here, beside you . . .
Anywhere you go,
Let me go too -Christine,
That's all i ask
Of you . . .

Christine:
Say you'll share with
Me one
Love, one lifetime . . .
Say the word
And i will follow you . . .

Raoul and Christine:
Share each day with
Me, each
Night, each morning . . .

Christine:
Say you love me . . .

Raoul:
You know i do . . .

Raoul and Christine:
Love me -That's all i ask
Of you . . .
Anywhere you go
Let me go too . . .
Love me -That's all i ask
Of you . .

PHANTOM:
I gave you my music . . .
made your song take wing . . .
and now, how you've repaid me:
denied me and betrayed me . . .
He was bound to love youwhen he heard you sing . . .Christine ...Christine ...

RAOUL/CHRISTINE:
Say you'll share with me one love, one lifetime . . .
say the word and I will follow you . . .
Share each day with me, each night, each morning . . .

PHANTOM:
You will curse the day
you did not doall that the Phantom asked
of you . . .!
Go! !

quinta-feira, agosto 17, 2006

Jacques Villeneuve


Daqui deste cantinho, peço que não saias do desporto automóvel, adoro a tua música, continua a gravar e a escrever letras, mas saiste da F1..., ingressa no Champ Car. Correste na Formula Indy onde foste Campeão e Vice-Campeão, nas 500 milhas de Indianapolis, ganhaste, Vice-Campeão de F1, Campeão de F1, por isso permite que os que gostam de ti, possam continuar a ver-te correr, coisa que fazes tão bem. Não desistas agora, os que gostam de ti não vão aguentar nunca mais te voltar a ver correr.

segunda-feira, agosto 14, 2006

Desafio

A Yashmeen (http://elisabetec.blogspot.com/) etiquetou-me, por isso cá vou responder ao desafio...
Também eu vou etiquetar sete pessoas (ver final do post), e quando fores etiquetado tens que responder a seis informações aleatórias sobre ti.
Então cá vai:

1- Gostava de deixar de fazer o que faço neste momento (Téc.-Prof. Esp. Principal de Biblioteca, porque já o faço à muitos anos) e dedicar me de corpo e alma à agricultura biológica.

2 - Escrevo todas as sms que envio na minha agenda.

3 - Se pudesse recolhia todos os animais abandonados, deixava de viver em apartamento para ter uma quintinha para eles.

4 - Mudava já hoje para a Maia.

5 - Gostava de ter tido uma mãe compreensiva, presente e que não entrasse em conflito comigo cada vez que exponho os meus pontos de vista.

6 - Quero ser mãe, muito mesmo, neste momento tenho a certeza que encontrei o pai certo.


E os etiquetados são:

Gina (http://andandonaareia.blogspot.com/)

Onil (http://vistodestelado.blogspot.com/)

Strawberry (http://strawberryfairyworld.blogspot.com/)

APC (http://camuflagens.blogspot.com/)

As Musas (http://asmusas.blogspot.com/)

Elite (http://souvaidosa.blogspot.com/)

Sá (http://ideiasfixas2.blogs.sapo.pt/)

sexta-feira, agosto 11, 2006

Teríamos tanto a aprender com os animais...

"Hoje encontrei seu cão.
Não, ele não foi adoptado por ninguém.
Aqui por perto, a maioria das pessoas já têm vários cães; aqueles que não têm nenhum não querem um cão.
Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou.
Quando o vi pela primeira vez, ele estava bem longe da casa mais próxima e estava sozinho, com sede, magro e mancava por causa de um machucado na pata.
Eu queria tanto ser você naquele momento em que parei na frente dele.
Para ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular nos seus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não esqueceria dele.
Para ver o perdão em seus olhos pelo sofrimento e pela dor por que ele havia passado em sua jornada sem fim à sua procura...
Mas eu não era você.
E, apesar das minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, seus olhos viam um estranho. Ele não confiava em mim.
Ele não se aproximava.
Ele virou as costas e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que esse caminho o levaria a você. Ele não entende que você não está procurando por ele.
Ele só sabe que você não está lá, sabe apenas que precisa te encontrar.
Isso é mais importante do que comida, água ou o estranho que pode lhe dar essas coisas.
Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo.
Eu nem sei seu nome.
Fui para casa, enchi um balde de água e uma vasilha de comida e voltei para o lugar onde o havia encontrado.
Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele havia buscado abrigo do sol e um pouco de descanso.
Veja bem, ele não é um cão selvagem.
Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas.
Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo.
Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida.
Ele só sabe que precisa encontrá-lo.
Aguardei na esperança de que voltasse para buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida que havia trazido fizessem com que confiasse em mim e eu pudesse levá-lo para casa, cuidar do machucado da pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que agora você não faria mais parte de sua vida.
Ele não voltou aquela manhã e, quando a noite caiu, a água e a comida permaneciam intocadas. Fiquei preocupada.
Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar seu cão.
Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha, que lhe daria o destino do qual você achou que o estava salvando - depois de dias de sofrimento sem água ou comida.
Voltei ao local antes do anoitecer.
Não o encontrei.
Na manhã seguinte, voltei e vi que a água e a comida permaneciam intactas.
Ah, se você estivesse aqui para chamar seu nome!
Sua voz é tão familiar para ele.
Comecei a ir na direcção que ele havia tomado ontem, sem muita esperança de encontrá-lo.
Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilómetros em 24 horas.
Algumas horas mais tarde, a uma boa distância do local onde eu o havia visto pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão.
A sede não o atormentava mais.
Sua fome havia desaparecido e suas dores haviam passado.
O machucado da pata não o incomodava mais.
Agora seu cão está livre de todo esse sofrimento.
Seu cão morreu.
Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não estar aqui ontem para que eu pudesse ver o brilho, por um instante sequer, naqueles olhos vazios.
Rezei, pedindo que sua jornada o tenha levado àquele lugar que acho que você esperava que ele encontrasse.
Se você soubesse por quanta coisa ele passou para chegar lá...
E eu sofro, pois sei que, se ele acordasse agora, e se eu fosse você, seus olhos brilhariam ao reconhecê-lo, ele abanaria sua cauda, perdoando-o por tê-lo abandonado."
Autor: Anónimo

(retirado de http://embuscadeumdono.forumvila.com/embuscadeumdono-about259.html ) aconselho vivamente a todos os que gostam de animais a inscreverem se neste Forum

quinta-feira, agosto 10, 2006

Rir, Sorriso, Gargalhada....

O teu riso

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosada minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Neruda