terça-feira, maio 29, 2007

Amizade

Hoje recebi via mail este belo poema de um amigo, onde no meio de todas as suas amigas eu estou incluida obrigada Miguel pelas tuas palavras.


Às minhas queridas Amigas: Susanas, Sónia, Sonynha, Primas Joana e Inês, Patrícia a Eleita, a outra Sónia, a incrível Martina, a doce e invencível Paula, a ternurenta Ba, à eterna Eugénia, à incansável Margarida, à fiel literariamente Maria e se calhar a algumas que a minha memória de peixe esqueceu…

AMIGA: EU ESTAREI CONTIGO QUANDO AS ESTRELAS SE TRANSFORMAREM EM AZUL

Sigo-vos no limite do meu horizonte
Céu que nunca se fecha e que é até vós a minha ponte

Porque o azul domina o meu firmamento
E diz que a distância é algo que lamento
Mas que ultrapasso com sorrisos e com muita atenção
Pois todas vós ocupam um lugar no cerne do que sou, no meu coração

E os céus todas as noites se transformam em azul celeste
E eu ando por aqui ao pé de vocês pois são a minha rosa-dos-ventos, o meu leste
Por onde eu caminho por vezes parecendo sozinho, mas não, estou acompanhado
Porque de alguma forma me sinto por vós apoiado

Nesta diáspora de saber quem sou ou quem quero ser
Tenho muitas dúvidas, mas não a de que por algum motivo vos quero manter
No casulo onde pela minha natureza me costumo refugiar
Desse mesmo céu onde estão que me ameaça esmagar
Pela miríade de infinitos sentimentos que estou a aprender a entender
Sendo vocês as minhas professoras que me ajudam o universo a perceber
E por isso eu danço, imenso, parado, mas ao mesmo tempo em movimento
À volta das estrelas que amo e que são minhas companheiras
As estrelas são vocês
E esta é a minha tola maneira de dizer
Que vos estimo com ou sem borboletas que me suspendem a imaginação
Em chocolates doces que adoçam a minha por vós atenção
Em poemas que nunca serei capaz de parar de gerar
Para muitas coisas, sendo os melhores feitos para vos agradar
Pois vocês são o sal da vida
A areia da minha praia
A sombra do meu sol
A alegria que a minha alma espraia
Cada vez que vos sente
Perto ou longe, tal é irrelevante
Pois o que interessa é que nunca parem de brilhar nem por um segundo, muito menos um instante
Pois depois de vos conhecer a minha vida jamais foi como dantes
Tendo descoberto eu que o amor é talvez a forma mais divina de amizade
E eu sinto amor por todas vós que me dá forças para vencer todas as contrariedades
Até a minha sombra se desvanecer, algures no meio da minha caminhada para a eternidade

Myguel
José Miguel Patrício Afonso Gomes
1:21
3ªf
29 de Maio de 2007

sexta-feira, maio 25, 2007

Bissau, Bijagós, Tiniguena

Hoje publico um texto de uma grande amiga que regressou da Guiné, Isilda Simões, não ela não foi de férias, mas é cooperante, leva alguma coisa do que sabe e em troca de tudo isso dá-nos estes relatos vividos e sentidos tão belos, leiam até ao fim porque vale a pena.
Beijinhos e abraços de bom fim de semana.
"Cheguei na madrugada de sábado e ainda ando a fazer o "jet leg" mais o emocional que o físico, o que, me é sempre menos fácil. Acho sempre que, nestas missões recebo mais lições do que as que dou (se é que eu vou para dar lições...). Assim eu as saiba colher como merecem! Bissau, diz quem sabe, está irreconhecível: estradas esburacadas, falhas de luz e de água. Não existe politica para nada: saúde, Educação, habitação...o que quer que seja. Como é possível?COMO? é a minha interrogação constante. A cidade velha, aquelas casas lindissimas, as enormes varandas, tudo tão desprezado! A sério! O porto, cheio de recordações é um depósito de navios velhos que ninguém retira. O quartel, o mausoléu de Amilcar Cabral, a sua estátua no chão à espera de ser transportada para a rotunda do aeroporto, uma indignidade!As minhas emoções são um baralhanço. Voltarei? Quererei voltar? Serei capaz de por aqui andar a fazer de conta que nada vi, que nada sei...Veremos... Só sei que cada vez agradeço mais e todos os dias ao Universo a àgua, a luz ali à mão, a comida na mesa, a cama fofinha, a bonita paisagem. Como sou abençoada... Fui à Formosa, nos Bijagós. Conheci-a pela mão (ou antes pela moto4) do Manecas, da Sábado Vaz, do carismático Bernardo, apreciei a galinha di terra, o peixinho a saltar , o caldo de mancarra, da Julieta, o sumo de caju, de cabacera, de onhon (não sei como se escreve): Primária, selvagem, linda, cheia de mistérios, tradições, contradições, lugares estranhos. Situações inimagináveis: aulas à sombra do poilão, carteiras em canas de bambu presas umas às outras por "fibras" de àrvores. Muitas vezes nem latrinas havia. Transportes? Assistencia médica? Nada. Esperam, muitas vezes vários dias à borda do mar que a canoa passe para os levar a Bissau, à "civilização", ao médico, aos departamentos do estado. Que vidas! Que situações... Que heróis e heroínas! Que grandezas de alma! E sempre, mas sempre, aqueles sorrisos envolventes, os olhos que pedem sem nada pedirem.. a coragem um pouco tímida, o sentido de partilha manifestado naquele Guineense já idoso que, logo à minha chegada me pagou o pequeno almoço, porque a "padeira de Bissau" não tinha troco para me dar ou naquele rapaz que "na minha ora di bai" teve a coragem de me abordar para me pedir que não chorasse... que assim não os ajudava... que limpasse as lágrimas... ou ainda naquele miúdo a quem convidei para almoçar e que não quiz pedir um prato só para si, porque o que eu tinha dava para os dois. Bijagós e uma saída para Quelimane e Biombo onde visitei uma "maternidade" que uma amiga portuguesa conseguiu criar e manter (bem gostaria de aprender com ela) foram as minhas unicas saídas. Por várias razões: O trabalho era muito absorvente. Nesta missão não tinha carro e também não me senti capaz de alugar um. Bissau é um caldo de países e de povos: Mauritânea, Senegal, Líbano, India, China, Portugal, França, Alemanha e...advinhem... Guineenses :-). Parece que cada um conduz como no seu país de origem, além de que os buracos também ditam a regra!Os "toca-toca" ou os candonga não oferecem condições, não por ter que me misturar com o cacarejar das galinhas ou os berros dos cabritos. O problema é que travões não existem e, de quando em quando lá vão uns quantos meter-se com os cajueiros, as mangueiras, os fruta-pão, as "papaeiras" ou o poilão. E a questão é: se calho num daqueles espaços a que eles chamam sagrados e portanto intransitáveis? Que me aconteceria?:-) :-) :-) Já no fim, conheci jovens e menos jovens extraordinários. Retiram os dias das suas férias para irem para lá como voluntários, como aquela médica italiana que foi ensinar higiene e cuidados primários ou a Joana com quem caminhámos de tabanca em tabanca, debaixo de um sol tórrido para ver a evolução das escolas que andam a construir , no interior da ilha Formosa e da ilha de Nago. Que garra!Que corações! A pensão da D. Berta, aquela velhinha que me entoava baixinho canções de saudade de Cabo Verde estava prenhe deles! Ela que um dia, quando lhe quis pagar a minha canja de ostras porque naquela noite o calor apertava e o apetite desapertava e recusei os filetes de tamboril (ai se fosse agora...) me respondeu no seu sotaque caboverdeano "na minha casa ninguém paga sopa. Eu até dou para o hospital!"Indigentes? Apenas nas vestes. Na alma, NUNCA! Depois de tudo isto, precisarei de dizer que as comunicações eram fracas e que o pouco acesso que tinha á NEt era para resolver questões profissionais? Foi uma honra trabalhar com a Tiniguena, conhecer a dinãmica, a sensibilidade para a protecção e conservação da natureza, para a preservação dos sabores e saberes, a garra e mente aberta dos seus responsáveis, o carinho e atenções que me dispensaram. Apreciar o longo trajecto que fizeram, o que ainda querem fazer... Danadinha, aquela equipa! Não há ninguém na Guiné que não conheça esta ONG e até no aeroporto bastou referir esse nome para ter logo um grande sorriso e uma passagem aberta, quando na alfandega me perguntaram onde comprara aquele morinho (a nossa pichorra) que trazia como prenda para uma das minha anjinhas... Sabem tão bem quem lhes faz bem! A "minha" equipa, aquelas meninas sempre a puxar por mim, a questionarem-me a ajudarem a encontrar soluções, a refutarem algumas, a oferecerem-me os deliciosos bolinhos de farinha de mandioca ainda morninhos. As ostras grelhadas no quintal da Augusta. As conversas com o Pai dela, um gentleman! A paciencia do Raul a mostar-me a cooperativa que criara e onde o ensino vai desde a pré ao final do liceu, o CIFAP, onde foi lançado trágicamente lançado o último óbus na guerra de 98-99 mas onde agora se ministram os mais variados cursos técnico-profissionais. Como diria o Malato: Já fui tão feliz na Guiné...sim, mas também em Timor-Leste...em Cabo Verde...e até no cantinho da minha sala virada para o mar recordando estes lugares, partilhando convosco esta escrita e minimizando a saudade a visualizar no google estas paragens.
As potencialidades da Guiné, de Timor, de Cabo Verde e de certeza de outros lugares que ainda não conheço são incontáveis, faltam mais Tiniguenas e Rauis com o seu exemplo de disciplina, empenho, dedicação, e sobretudo seriedade e rigor. Enfim, precisam de reconquistar a sua auto-estima. Há que ter orgulho no povo que são e pensar que, tal como nós são a principal solução. Há que sentir o pulsar das gentes. E se pulsam... Há que, sobretudo os governantes, respeitarem o hino nacional da Guiné "ramos do mesmo tronco/olhos na mesma luz/esta é a força da nossa união/cantem o mar e a terra/a madrugada e o sol/que a nossa luta fecundou/ Perguntei há pouco: quererei voltar? Será que ainda me restam dúvidas? E vocês, duvidam?"
Eu aqui respondo à Isilda, não duvido e sei que ela vai voltar, e se não for a Timor, Cabo Verde, Guiné, Filipinas, será a outro lado do mundo em que estejam a precisar dela, que necessitem do seu apoio, porque ela é luz, estrela, emoção, saudade, ela é o pão para a boca, é tão bom ouvi-la, estar com ela, e eu estou cheia de saudadinhas.

quarta-feira, maio 23, 2007

Foi mais um tratamento passado

Hoje, depois de mais uma batalha travada pela minha irmã, amiga, companheira, só me apetece escrever isto e alertar para a próxima corrida, que se possam angariar fundos para que os Hospitais de Dia permitam um mais rápido escoamento dos doentes e caso não seja possível que as condições de espera sejam mais confortáveis. Mas desde já e mais uma vez PARABÉNS a todos os profissionais que trabalham no IPO de Coimbra, obrigada pelo carinho, conforto e amor que são transmitidos em cada gesto, sorriso e palavras.





No próximo dia 3 de Junho cerca de 10.000 mulheres vão correr em Lisboa para angariar fundos para Liga Portuguesa contra o Cancro. À semelhança da última edição são muitas as figuras públicas a dar a cara por esta causa e que vão participar na corrida.





"O Senhor é o meu Pastor, nada me falta.
Em verdes prados me faz descansar e conduz-me às aguas refrescantes.
Reconforta a minha alma e guia-me por caminhos rectos, por amor do seu nome.
Ainda que atravesse vales tenebrosos, de nenhum mal terei medo porque Tu estas comigo. A tua vara e o teu cajado dão-me confiança."
(Salmo 23)

sexta-feira, maio 18, 2007

Coimbra, a fonte dos amores

BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS



Em quem pensar
Em quem pensar, agora, senão em ti? Tu, que
me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a
manhã da minha noite. É verdade que te podia
dizer: «Como é mais fácil deixar que as coisas
não mudem, sermos o que sempre fomos, mudarmos
apenas dentro de nós próprios?» Mas ensinaste-me
a sermos 'dois'; e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que une,
contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor:
ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua
voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo
esse que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba. Como gosto, meu amor,
de chegar antes de ti para te ver chegar: com
a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água
fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu:
a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti, como
gostas de mim, até ao fim do mundo que me deste.

Nuno Júdice, «Pedro, Lembrando Inês»


quarta-feira, maio 16, 2007

Receita de vida

Ingredientes

Família ( é aqui que tudo começa)
Amigos ( nunca deixe faltar )
Raiva ( se existir que seja pouca)
Desespero ( para quê? )
Paciência ( a maior possível )
Lágrimas ( enxugue todas )
Sorrisos ( os mais variados )
Paz ( em grande quantidade )
Perdão ( á vontade )
Desafetos ( se possivel nenhum)
Esperança ( não perca jámais )
Coração ( quanto maior, melhor )
Amor ( pode abusar )
Carinho (essencial )

MODO DE PREPARAR
Reúna a sua família e os seus amigos.
Esqueça os momentos de raiva e desespero passados.
Se precisar use toda a sua paciência.
Enxugue as lágrimas e substituas por sorrisos.
Junte a paz e o perdão e ofereça aos seus desafetos
Deixe a esperança crescer no seu coração.
Nem sempre os ingredientes da vida são gostosos, portanto saiba misturar todos os temperos que ela oferece, e faça dela um prato de raro sabor.
Deste modo, prepare a sua melhor receita de vida e nunca economize o amor e o "como vale a pena viver"

( autor desconhecido)

terça-feira, maio 15, 2007

Regressei enfim


Consegui aceder ao meu blog ao fim de todos estes dias infernais, pois o blogger não me deixava aceder, dei voltas e mais voltas mas finalmente consegui, por isso a partir de amanhã cá estarei e farei as minhas visitas a todos os que já era habitual visitar e que de certeza estranharam a minha ausência, espero eu, aqui estou eu a fazer-me um bocadinho de convencida, mas que já tinha saudades deste meu espaço já, por isso não descansei enquanto não consegui dar a volta e entrar novamente, porque acima de tudo este é o meu espaço que partilho com todos vocês e comigo é aqui que muitas vezes digo o que me vai na alma e senão acontece mais vezes é por timidez, e por isso saem muitas banalidades, e talvez também não fale mais de mim por vergonha, mas tudo passa com o tempo e esta minha luta com o meu blog de todos estes dias deu-me força para continuar e ser mais assidua.

A todos muitos abraços de saudades