terça-feira, maio 16, 2006

Rainha Santa Isabel

Isabel, filha do rei de Aragão e esposa do rei de Portugal, parece uma personagem irreal.
Nas pompas do reino, entre os luxuosos vestidos das damas, as intrigas da corte, os ciúmes, as infidelidades, os ódios, as rivalidades amorosas, os adultérios, os arrependimentos, desenrola-se o drama de uma autêntica heroína da santidade feita de amor, perdão, lágrimas escondidas, silêncio magnânimo.
Isabel nasceu na Espanha em 1271. Entre os seus antepassados existem santos, reis e imperadores. Seu pai, Pedro II, rei de Aragão, quando nasceu a filha Isabel, era ainda um jovem príncipe, com uma enorme vontade de se divertir. Assim deixou que fosse o avô Tiago I, convertido à vida devota, a ocupar-se da educação da neta. Sobre o leito de morte, acariciando a menina de seis anos, o velho predisse que ela se tornaria a pedra preciosa da casa de Aragão. A profecia realizou-se. Apenas com doze anos, Isabel foi pedida em casamento por três príncipes. Os pais escolheram-lhe o mais próximo. D. Dinis, herdeiro do trono de Portugal, que colocou sobre a cabeça da jovem esposa o diadema de rainha, e sobre seus ombros a pesada cruz de uma convivência de mártir.
Isabel deu ao rei dois filhos: Constância, futura rainha de Castela e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. As numerosas aventuras extraconjugais do marido humilhavam-na profundamente. Mas Isabel mostrava-se magnânima no perdão criando com os seus também os filhos ilegítimos de Dinis, aos quais reservava igual afeto. Dinis, por sua vez deu-se a sentimentos de ciúme a ponto de dar crédito às calúnias e insinuações de um cortesão. Mas a inocência de Isabel triunfou. Entre seus familiares, constantemente em luta, desempenhou obra de pacificadora, merecendo justamente o apelido de anjo da paz.
Conta-se que, no ano de 1333, em Portugal, houve uma fome terrível, durante a qual nem os ricos eram poupados. Para aliviar a situação de fome, D. Isabel empenhou suas jóias e mandou vir trigo de lugares distantes para abastecer o celeiro real, e assim manter seu costume de distribuir pão aos pobres durante as crises.
Num desses dias de distribuição, apareceu inesperadamente o rei. Temendo a censura, ela escondeu os pães no regaço. O rei percebeu o gesto e perguntou surpreso: - Que tendes em seu regaço? A rainha, erguendo o pensamento ao Senhor, disse em voz trêmula: - São rosas, senhor. O rei replicou: - Rosas em Janeiro? Deixai que as veja e aspire seu perfume. Santa Isabel abriu os braços e no chão, para pasmo geral, caíram rosas frescas, perfumadas, as mais belas até então vistas.O rei Diniz não se conteve e beijou as mãos da esposa, retirando-se enquanto os pobres gritavam: Milagre, milagre!
Mais tarde, o príncipe Afonso organizara um levante contra o rei, seu pai.Isabel procurara todos os meios para afastar o filho dos planos sinistros. Não obstante houve quem a acusasse a rainha de combinação como filho revoltoso. O rei, sem examinar a questão, expulsou a rainha do palácio, dando-lhe por morada uma casa de campo. Isabel apelou para Deus, que não tardou em patentear a inocência da rainha. Morto o marido, não podendo vestir o hábito das clarissas e professar os votos no mosteiro que ela mesma havia fundado, fez-se terciária franciscana. Duas Peregrinações fez a Compostela, na Espanha; a primeira, logo depois da morte do marido, e a Segunda por ocasião de um jubileu. Esta última foi feita a pé, e em companhia de duas empregadas, fazendo as três romeiras a penitência de viver de esmolas que pediam no caminho.D.Diniz morreu cristãmente. Isabel por seu turno pediu admissão no convento das religiosas de Santa Clara, em Coímbra, de que era fundadora.
Após ter deposto a coroa real no santuário de São Tiago de Compostela e haver dado seus bens pessoais aos necessitados. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, dedicada aos exercícios de piedade e de mortificações. A quem lhe recomendava um pouco de moderação nas penitências quotidianas que se impunha, respondia: "Onde, se não na corte, são mais necessárias as mortificações? Aqui os perigos são maiores".
Isabel morreu em 1336, na idade de 65 anos. Trezentos anos depois da morte foi-lhe o corpo encontrado sem sinal de corrupção,exalando perfume deliciosíssimo. Grandes milagres Deus se dignou fazer no túmulo de sua serva. Isabel foi canonizada pelo Papa Urbano VIII, no ano de 1625.
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9 comentários:

Mafi disse...

Olá!tinha um comentario seu no meu blog por isso repondo-lhe da mesma forma. Pode ir ao site do MSV, www.msv.pt ou directamente a este link: http://zealot.mrnet.pt/msv/index.php?article=2&visual=1&tema=8 e ver as tshirts. Para encomendar no site diz onde pode ser e através de que email e dizendo as t-shirts que quer pode fazer a encomenda e receber por correio por contra entrega.
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Qualquer dúvida pode tirar nesse email que aparece no site.

Rui disse...

Tenho uma nota de 50$00 com ela. :)

Unknown disse...

Rui, eu tb tenho, e tenho uma nota de 20 escudos com o Stº António :)

Rui disse...

Ganho eu que, para além dessas duas, tenho uma de 20$00 com o Gago Coutinho. :))

Unknown disse...

Hei Rui essa do Gago Coutinho tb eu tenho, empatados :)

Rui disse...

Eu tenho uma de 100$00, com o Bocage.

Gina disse...

Ehehehe, eu não tenho nenhuma...

Unknown disse...

Rui mas eu tenho 50 centavos da cor da prata eheheheh

Anônimo disse...

o que eu estava procurando, obrigado