Como "filha do Mondego", fica a minha singela e humilde homenagem a Inês de Castro, ela também uma "filha do Mondego", utilizei Camões, porque quem melhor do que ele para lhe prestar um enorme tributo?
Estavas, linda lnês, posta em sossego, De teus anos colhendo doce fruito, Naquele engano da alma, ledo e cego, Que a Fortuna não deixa durar muito, Nos saudosos campos do Mondego, De teus fermosos olhos nunca enxuito, Aos montes insinando e às ervinhas O nome que no peito escrito tinhas. Do teu Príncipe ali te respondiam As lembranças que na alma lhe moravam, Que sempre ante seus olhos te traziam, Quando dos teus fermosos se apartavam; De noite, em doces sonhos que mentiam, De dia, em pensamentos que voavam; E quanto, enfim, cuidava e quanto via Eram tudo memórias de alegria. |
Tirar Inês ao mundo determina,
Por lhe tirar o filho que tem preso,
Crendo co sangue só da morte indina
Matar do firme amor o fogo aceso.
Que furor consentiu que a espada fina
Que pôde sustentar o grande peso
Do furor Mauro, fosse alevantada
Contra hua fraca dama delicada?
As filhas do Mondego a morte escura
Longo tempo chorando memoraram,
E, por memória eterna, em fonte pura
As lágrimas choradas transformaram.
O nome lhe puseram, que inda dura,
Dos amores de Inês, que ali passaram.
Vede que fresca fonte rega as flores,
Que lágrimas são a água e o nome Amores!
Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas
Um comentário:
Ó miga komo filha do Mondego tenho a dizer-te ke já namorei junto dakela lápide ehehe com o meu 1º namorado eheheh é muito lindo o local.
Kem melhor ke Camões para descrever...
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